Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 7 em cada 10 pessoas, ao longo da vida, vão sentir dor lombar. A lombalgia, como também é conhecida, é queixa comum em todas as faixas de idade e é considerada a maior causa de incapacitação no mundo, além de ser o segundo motivo mais frequente de faltas no trabalho, de acordo com um estudo recente publicado no jornal médico The Lancet. O desconforto pode ter diferentes causas. O envelhecimento e o sedentarismo, erros de postura, obesidade e perda de massa muscular podem ser causadores da dor. No caso dos fumantes, fica o alerta de que o cigarro tem sua parcela de culpa no desconforto, pois contribui na degeneração dos discos da coluna vertebral. Já quem pratica exercícios físicos e realiza muitas repetições de movimentos que envolvem a lombar, como abdominais, também pode vir a sentir dor. Estudos mostram ainda que insatisfação no trabalho, com colegas e chefe eleva a incidência do sintoma. Na hora de relatar sua dor ao médico, é importante tentar descrever em detalhes o que sente –características da dor (fisgada, choque, latejamento etc.), local, duração, movimentos que a disparam e aliviam. A maioria das causas pode ser descartada após uma conversa com o ortopedista e o exame físico durante a consulta, mas pode haver sintomas associados que levam o diagnóstico para outras doenças. Como é o tratamento? Seja dor aguda ou crônica, o tratamento da lombalgia costuma seguir um padrão: começa com repouso para evitar pressão na área dolorida, passa pelo uso de analgésico ou anti-inflamatório e, se necessário, se completa com fisioterapia para reabilitação. Há casos em que podem ser solicitados exames de imagem, como radiografia ou ressonância magnética. Porém, a etapa mais importante é a consulta médica: escutar, palpar o paciente para descartar ou considerar em doenças específicas. Como prevenir? Mantenha o peso sob controle; Pratique exercícios de alongamento regularmente; Faça 30 minutos de atividade aeróbica moderada (caminhada, bicicleta, hidroginástica) ao menos três vezes por semana; Fortaleça os músculos do tronco com exercícios adequados ao seu nível de condicionamento; Evite ficar muito tempo na mesma posição (sentado ou em pé); Levante-se e movimente-se a cada hora; Não fume; Cuidado quando for levantar peso: você deve flexionar os joelhos, usar a força do abdômen e das coxas e manter o objeto próximo ao corpo. Nunca tente alcançar algo no chão descendo o tronco com as pernas estendidas; Procure formas de administrar situações de estresse; Prefira colchões firmes.