Com a chegada do inverno, época de temperatura baixa e ar seco, começam a surgir, especialmente em idosos e crianças, casos de gripes e resfriados. Embora exista a crença de que essas doenças apareçam com mais freqüência no frio devido à tendência de nos fecharmos em ambientes com pouca ventilação – propícios à proliferação de vírus e bactérias –, os especialistas asseguram que elas podem surgir durante todo o ano, independentemente da estação. Outro ponto que levanta muitas dúvidas nas pessoas é quanto à diferença entre gripe e resfriado. Ambas provocam reações muito parecidas, mas, de acordo com o Ministério da Saúde elas se diferenciam pela intensidade e duração. Os resfriados duram, no máximo, uma semana e se manifestam com sintomas leves, como pouca ou nenhuma febre, espirros, coriza e leves dores no corpo e na garganta que não comprometem o estado geral do paciente. Já a gripe, no entanto, demora de uma a duas semanas e é causada pelo vírus influenza. Os sintomas são mais graves como febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A diferença de impacto entre as doenças se deve à ação da influenza, que cai na corrente sanguínea e compromete o pulmão e os músculos, enquanto os vírus causadores do resfriado circulam apenas nas vias aéreas do paciente. Para evitar a transmissão dos vírus causadores de gripes e resfriados, a recomendação dos especialistas em infectologia é que mantenham boas práticas de higiene e tenham cuidados específicos no dia a dia (veja boxe abaixo com dicas). Essas dicas também são úteis para evitar outras doenças típicas do clima mais frio, como a conjuntivite, asmas, bronquites, amidalites, rinites alérgicas, dores de ouvido e, especialmente, a pneumonia, que afeta muito os idosos. Campanha do Ministério da Saúde Anualmente, para minimizar os impactos da gripe, o Ministério da Saúde promove a campanha nacional de vacinação contra a gripe, que este ano ocorrerá até 1º de junho. A campanha prevê a aplicação de doses contra os três subtipos do vírus influenza que mais circularam em 2017 no Hemisfério Sul: o H1N1, o H3N2 e a influenza do tipo B. Segundo o órgão, a vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Este ano, o Dia D de vacinação foi realizado em 12 de maio. Cerca de 50 milhões de pessoas devem tomar a vacina durante a campanha, segundo estimativa do Ministério da Saúde. Desse total, 43 milhões são idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores da área de saúde, professores da rede pública e privada, povos indígenas, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto). A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Dicas para evitar gripes e resfriados Lave as mãos com frequência. Evite ambientes fechados. Tome a vacina contra a gripe. Use lenço de papel descartável. Consuma proteínas e outros alimentos saudáveis. Mantenha limpas as roupas de cama. Utilize álcool em gel. Pratique atividade física. Tenha boas noites de sono. Beba bastante água. Evite compartilhar objetos. Evite tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies. Proteja a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.