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Fundação assumiu novos planos prejudiciais aos seus participantes

RIO – Os problemas da Petros com planos de outras categorias têm origem no início do governo Lula, em 2003, quando a então Secretaria de Previdência Complementar (SPC), antecessora da Previc, tentou estimular a popularização da previdência privada entre os trabalhadores. Alterações na regulação do setor abriram a possibilidade de empresas, sindicatos e associações de classe criarem planos para suas categorias aderindo a um fundo de pensão já existente, em vez de criar uma nova entidade. Entre as grandes fundações, a Petros foi a que mais aceitou adesões desse tipo, virando o maior fundo multipatrocinado do país, com mais de 40 planos de previdência. O problema é que pouca gente se interessou pelos planos. O EsportePrev, por exemplo, criado para atletas, tinha em 2012 apenas dois participantes. Com isso, as despesas administrativas dos fundos com poucos contribuintes recaíram sobre os dois principais fundos da Petros, os dos funcionários da Petrobras. O tema é tão sensível que acabou, pela primeira vez, unindo conselheiros indicados e eleitos no conselho fiscal. No entanto, isso não significou uma nova correlação de forças no fundo. Desde o início do governo Lula, em 2003, a Petros é controlada por sindicalistas ligados à FUP e ao PT de São Paulo. O atual presidente do conselho deliberativo da Petros é Diego Hernandes, ex-dirigente da FUP que foi chefe de gabinete de José Eduardo Dutra quando ele assumiu a presidência da Petrobras em 2003 e gerente executivo de Recursos Humanos na gestão de José Sérgio Gabrielli. Atualmente, ele ocupa um cargo de gerência na área de serviços compartilhados da diretoria corporativa, que é dirigida por Dutra. Hernandes foi indicado pela Petrobras para a presidência do conselho deliberativo da Petros em 2011, assim como Nilton de Almeida Maia e Marcos Antonio Menezes, que são, respectivamente, gerentes do jurídico e da contabilidade da estatal. O antecessor de Hernandes no conselho era Wilson Santarosa, ex-dirigente da FUP de São Paulo que também tem cargo de gerência na Petrobras. Como o conselheiro eleito pelos funcionários que integra a FUP passou a votar com os indicados pela Petrobras, os outros dois conselheiros eleitos, Silvio Sinedino, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), e o aposentado Paulo Teixeira Brandão, são sempre voto vencido. Na mesma reunião em que não conseguiram evitar a aprovação das contas, os dois também foram derrotados no aval do conselho à nova diretoria executiva da Petros. Carlos Fernando Costa, que era diretor de investimentos, virou diretor-presidente em fevereiro. Ele substituiu Luís Carlos Fernandes Afonso, ex-secretário de finanças da prefeitura paulistana na gestão de Marta Suplicy, que pediu demissão. Costa já teve vários cargos na área de finanças e arrecadação em prefeituras petistas como as de Santo André e São Paulo. Até o início do ano, ele era o diretor de investimentos da Petros. Para essa posição, o conselho deliberativo escolheu Newton Carneiro da Cunha, outro petroleiro ex-dirigente da FUP de São Paulo que foi secretário geral e diretor administrativo da Petros nos últimos dez anos. Investimentos controversos da Petros preocupam empregados da Petrobras O parecer do conselho fiscal da Petros que recomendou a rejeição das contas de 2013 também cita o déficit operacional de R$ 2,8 bilhões acumulado em 2013 no Plano Petros Sistema Petrobras, o principal da entidade, que é de contribuição definida. Num blog que mantêm na internet, os conselheiros eleitos admitem que o resultado está ligado à má fase da bolsa de valores e aos baixos rendimentos de investimentos variáveis que afetaram todos os fundos de previdência complementar no ano passado, mas apontam várias aplicações controversas recentes da Petros que prejudicam a rentabilidade. Entre eles, estão debêntures da Universidade Gama Filho, descredenciada pelo MEC e atolada em dívidas; títulos dos bancos BVA, Panamericano e Cruzeiro do Sul, que quebraram no ano passado; e ações da Lupatech, empresa de equipamentos que o governo queria transformar em grande fornecedora da indústria de petróleo e que acabou em recuperação judicial. A Petros é o segundo maior fundo de pensão do país, com um patrimônio de mais de R$ 60 bilhões em investimentos. É sócio de grandes empresas, empreendimentos de infraestrutura e um dos maiores detentores de títulos do Tesouro. — Todos os governos infelizmente utilizam os fundos de pensão de estatais para fomentar negócios de seus interesses. Foi assim nos governos Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula. É assim no de Dilma. Os negócios propostos não serão necessariamente ruins para os participantes, mas a utilização política é sempre preocupante — diz Ronaldo Tedesco, conselheiro fiscal eleito. Nos documentos enviados à Previc, os conselheiros também levantam dúvidas sobre a qualificação da consultoria BDO, contratada pela Petros para fazer a auditoria externa de suas contas. A consultoria é a mesma contratada pela Petrobras para assessorá-la na aquisição da refinaria de Pasadena, que se revelou um péssimo negócio para a estatal. Os conselheiros argumentam que a BDO não é uma das quatro grandes consultorias de experiência reconhecida usadas pelos maiores fundos do país. — Essa questão política prejudica a correlação de forças. Como a FUP é ligada ao PT, o conselheiro que deveria votar com os funcionários vota com a Petrobras, que na prática tem 4 votos contra dois — diz Julio da Conceição, presidente da Associação de Mantenedores-Beneficiários da Petros (AMBEP). O conselheiro eleito ligado à FUP negou que vote sempre com os indicados da Petrobras no conselho deliberativo. — Os outros é que votam sistematicamente contra. Votei a favor das contas com ressalvas. A Petros está num momento de ajuste das taxas dos fundos. Não é possível saber quanto saiu dos planos principais para os deficitários. O fundo administrativo era único. É um valor muito baixo para um patrimônio de 60 bilhões — disse Paulo Cezar Martin. O coordenador-geral da FUP, João Moraes, disse que a entidade é independente da Petrobras e lembrou que liderou uma greve dos petroleiros no ano passado. Procurada pelo Globo, a Petros não se manifestou. A Previc informou que está impedida de se pronunciar sobre planos ou entidades específicas. (Fonte: O Globo, autoria Alexandre Rodrigues

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A crise no fundo de pensão da Petros

RIO – Enquanto a ingerência política mergulha a Petrobras numa das maiores crises de sua História, o fundo de pensão dos funcionários da estatal, a Fundação Petros, vive dias turbulentos pelos mesmos motivos. Pela primeira vez em dez anos, as contas da entidade foram rejeitadas por unanimidade por seu conselho fiscal. Nem mesmo os dois conselheiros indicados pela Petrobras no colegiado de quatro cadeiras recomendaram a aprovação das demonstrações financeiras de 2013, que apontaram um déficit operacional de R$ 2,8 bilhões no principal plano de benefícios dos funcionários da estatal e um rombo que pode chegar a R$ 500 milhões com despesas de administração de planos de outras categorias. Mesmo assim, as contas foram aprovadas no órgão superior da entidade, o conselho deliberativo, abrindo uma crise interna no fundo. Um grupo de conselheiros eleitos descontentes resolveu recorrer à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão que fiscaliza fundos de pensão, para denunciar a direção da Petros, controlada por sindicalistas ligados ao PT desde 2003. Os resultados dos investimentos da fundação têm recebido pareceres contrários do conselho fiscal há dez anos, mas apenas com o voto dos conselheiros eleitos pelos funcionários. No entanto, as contas sempre foram aprovadas pelo conselho deliberativo, órgão superior, no qual a Petrobras, patrocinadora do fundo, indica o presidente, tendo direito a voto de desempate. A estatal, no entanto, nem tem precisado usar esse recurso. O conselho deliberativo tem seis integrantes, três eleitos pelos funcionários e três indicados pela Petrobras. Um dos eleitos pelos empregados, Paulo Cezar Chamadoiro Martin, passou a votar com os conselheiros da Petrobras, aprovando decisões por maioria simples. Foi o que aconteceu no último dia 31 de março, quando o conselho deliberativo ignorou o parecer unânime do conselho fiscal e aprovou as contas da Petros sem sequer mencioná-lo. Martin é dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT. Sindicalistas ocupam cargos de confiança na Petrobras, que tem obtido apoio da FUP na Petros. Os conselheiros vencidos, um suplente e dois conselheiros fiscais também eleitos pelos funcionários foram a Brasília entregar à Previc duas denúncias e duas consultas pedindo maior rigor na fiscalização das contas do fundo. Nos documentos, obtidos pelo Globo, eles apontam que o principal motivo da reprovação das contas da Petros pelo conselho fiscal foi o fato de a maioria dos quase 40 planos de outras categorias que passaram a ser geridos pela fundação durante o governo Lula ser deficitária: não geram recursos suficientes para pagar os custos de administração. Esses custos estão saindo do mesmo fundo de administração dos dois planos originais da Petros, que terão de pagar a aposentadoria de 75 mil funcionários da Petrobras e suas subsidiárias. O cálculo dos conselheiros, baseado em dados que atribuem à própria Petros, é que, em cinco anos, os dois planos perderam pelo menos R$ 200 milhões. Esse montante, alegam, pode chegar a R$ 500 milhões, se for corrigido. (Fonte: O Globo, autoria Alexandre Rodrigues, 27/04/2014)

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Justiça lenta: ‘Não é uma questão de defesa, para protelar mesmo’, diz presidente da AMB

Juiz João Ricardo dos Santos Costa critica empresas por uso de recursos como forma de atrasar punições BRASÍLIA — Para o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o juiz gaúcho João Ricardo dos Santos Costa, é natural que as varas mais congestionadas do país sejam as fiscais — aquelas responsáveis pela cobrança de dívidas. A seu ver, isso passa pela forma como algumas empresas do país usam o Judiciário: elas pagam advogados para produzirem recursos e, assim, adiarem a aplicação das penas. Para Costa, a demora faz a Justiça parecer menos democrática. – Segundo o Conselho Nacional de Justiça, a Vara de Execuções Fiscais de SP tem 1,55 milhão de processos. É papel do Judiciário cobrar dívidas? Defendemos a desjudicialização da execução fiscal. Ficaria para o Judiciário a defesa do cidadão. Quando ele não concorda com a dívida, vai ao Judiciário. É claro que, se não querem pagar, vão entrar na Justiça para trancar a dívida. Isso é da cultura. A solução era não ter tanto recurso. A pessoa entraria com a ação, teria direito a um recurso e pronto. – O poder público não poderia fazer mais acordos? A prefeitura tem limitações para fazer acordo nessa área por conta da legislação. Os Tribunais de Contas fiscalizam. Município de interior não tem advogado. O prefeito fica vulnerável e pode ter seu mandato cassado. Então eles têm medo e jogam para o Judiciário. Se não cobram a dívida, o Tribunal de Contas cobra deles. – A vara menos congestionada é a criminal de Florianópolis. O que explica isso? Há uma atuação menos incisiva da defesa, porque é só pobre, na verdade. E as varas fiscais têm processos de empresas grandes, com mais recursos para defesa. As telefônicas e os bancos, que são grandes demandantes, têm contratado os escritórios de advocacia por peça processual, em vez de por um valor mensal. Logo, quanto mais peticionarem, mais ganham. Isso já demonstra as intenções na utilização do Judiciário. Não é uma questão de defesa, é para protelar mesmo. – A punição a réus que protelam a conclusão de processos é tímida no Brasil? Não temos mecanismos eficazes para isso. A litigância sai muito barata. Vale a pena. Uma telefônica, que tem milhões de processos no Judiciário, ainda está no lucro se for condenada em meia dúzia deles. O CNJ poderia auditar os processos dos grandes demandantes para informar aos juízes das práticas protelatórias. Eu tenho pregado que a função principal do CNJ é informar o Poder Judiciário do macro. O juiz está focado no individual. Mas, se o juiz sabe que a prática é uma política do demandante, ele pega o processo isolado e vê que o mesmo acontece ali, ele pode punir a litigância de má-fé baseado na informação global. – Mas a realidade é bem diferente… Sim, mas a litigiosidade mudou. O efeito da tecnologia nas relações de consumo bate nas instituições públicas de maneira brutal. Elas têm que se preparar para isso. Assim como as companhias atuam de forma sistêmica e com visão global de mercado, o Judiciário tem que ter visão global de suas decisões. – O acesso ao Judiciário é democrático? Hoje, qualquer um tem acesso ao Judiciário, em teoria, com as defensorias públicas. Mas qual o resultado disso? O Judiciário está entupido. Equivale a não ir. Se você vai lá e não tem uma sentença, não tem seu direito garantido em uma sentença definitiva, você não tem acesso. – Acha que o congestionamento tende a diminuir? Não. O atual Código do Processo Civil peca por não racionalizar o processo, não reduzir o número de recursos possíveis. Continuam os quatro graus (primeira instância, tribunais estaduais, tribunais superiores e Supremo Tribunal Federal), o que é um fato atípico em relação a outros sistemas judiciais. – Qual seria o ideal? A AMB apresentou proposta na reforma do Código do Processo Civil para transformar os quatro graus em dois. Isso seria ótimo, porque daria efetividade ao Judiciário. Só iria para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e para o STF questões de uniformização nacional ou questões constitucionais. (Fonte: AMB/Divulgação: Renata Brandão)

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Internet: Marco Civil passa valer em todo país

A Lei que regulamenta o uso da internet no Brasil, o chamado Marco Civil da Internet, foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (23/4). A norma foi analisada pelos deputados federais por mais de dois anos e por menos de um mês no Senado. O Marco Civil da Internet garante a liberdade de expressão, direitos e deveres para usuários e provedores da rede mundial de computadores em todo território nacional. Com a Lei, o usuário passa a ter direito ao livre acesso a internet, independentemente, do plano contratado pelo internauta. As empresas não vão poder cobrar a mais por serviços como downloads de músicas e vídeos. O provedor vai ser obrigado garantir o sigilo sobre informações pessoais dos usuários e excluí-las de todos os bancos de dados quando o internauta encerrar a conta. Além disso, o Marco Civil prevê ainda, que o usuário passe a ser responsável por todo o conteúdo que postar na internet. O internauta vai poder ser processado judicialmente por mensagens, comentários e por publicações de vídeos que agridem outras pessoas nas redes sociais como o Facebook e o Twitter. O texto da Lei foi aprovado pelos deputados Federais e seguiu para análise dos senadores, no dia 25 de março. No Senado, os parlamentares da base aliada do Governo bloquearam as emendas sugeridas pela oposição. É que se, o texto tivesse sido alterado teria que retornar para a Câmara dos Deputados, o que atrasaria a sanção da Lei, ainda mais. O pedido da aprovação da Lei sem emendas foi feito pela presidenta Dilma Rousseff que esperava aprovar a medida antes do início da conferência internacional sobre governança na internet, esta semana, em São Paulo. (Fonte: agenciadoradio.com.br, reportagem: Cristiano Carlos, 23/4/2014)

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Justiça lenta: ‘Não é uma questão de defesa, para protelar mesmo’, diz presidente da AMB

Juiz João Ricardo dos Santos Costa critica empresas por uso de recursos como forma de atrasar punições BRASÍLIA — Para o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o juiz gaúcho João Ricardo dos Santos Costa, é natural que as varas mais congestionadas do país sejam as fiscais — aquelas responsáveis pela cobrança de dívidas. A seu ver, isso passa pela forma como algumas empresas do país usam o Judiciário: elas pagam advogados para produzirem recursos e, assim, adiarem a aplicação das penas. Para Costa, a demora faz a Justiça parecer menos democrática. – Segundo o Conselho Nacional de Justiça, a Vara de Execuções Fiscais de SP tem 1,55 milhão de processos. É papel do Judiciário cobrar dívidas? Defendemos a desjudicialização da execução fiscal. Ficaria para o Judiciário a defesa do cidadão. Quando ele não concorda com a dívida, vai ao Judiciário. É claro que, se não querem pagar, vão entrar na Justiça para trancar a dívida. Isso é da cultura. A solução era não ter tanto recurso. A pessoa entraria com a ação, teria direito a um recurso e pronto. – O poder público não poderia fazer mais acordos? A prefeitura tem limitações para fazer acordo nessa área por conta da legislação. Os Tribunais de Contas fiscalizam. Município de interior não tem advogado. O prefeito fica vulnerável e pode ter seu mandato cassado. Então eles têm medo e jogam para o Judiciário. Se não cobram a dívida, o Tribunal de Contas cobra deles. – A vara menos congestionada é a criminal de Florianópolis. O que explica isso? Há uma atuação menos incisiva da defesa, porque é só pobre, na verdade. E as varas fiscais têm processos de empresas grandes, com mais recursos para defesa. As telefônicas e os bancos, que são grandes demandantes, têm contratado os escritórios de advocacia por peça processual, em vez de por um valor mensal. Logo, quanto mais peticionarem, mais ganham. Isso já demonstra as intenções na utilização do Judiciário. Não é uma questão de defesa, é para protelar mesmo. – A punição a réus que protelam a conclusão de processos é tímida no Brasil? Não temos mecanismos eficazes para isso. A litigância sai muito barata. Vale a pena. Uma telefônica, que tem milhões de processos no Judiciário, ainda está no lucro se for condenada em meia dúzia deles. O CNJ poderia auditar os processos dos grandes demandantes para informar aos juízes das práticas protelatórias. Eu tenho pregado que a função principal do CNJ é informar o Poder Judiciário do macro. O juiz está focado no individual. Mas, se o juiz sabe que a prática é uma política do demandante, ele pega o processo isolado e vê que o mesmo acontece ali, ele pode punir a litigância de má-fé baseado na informação global. – Mas a realidade é bem diferente… Sim, mas a litigiosidade mudou. O efeito da tecnologia nas relações de consumo bate nas instituições públicas de maneira brutal. Elas têm que se preparar para isso. Assim como as companhias atuam de forma sistêmica e com visão global de mercado, o Judiciário tem que ter visão global de suas decisões. – O acesso ao Judiciário é democrático? Hoje, qualquer um tem acesso ao Judiciário, em teoria, com as defensorias públicas. Mas qual o resultado disso? O Judiciário está entupido. Equivale a não ir. Se você vai lá e não tem uma sentença, não tem seu direito garantido em uma sentença definitiva, você não tem acesso. – Acha que o congestionamento tende a diminuir? Não. O atual Código do Processo Civil peca por não racionalizar o processo, não reduzir o número de recursos possíveis. Continuam os quatro graus (primeira instância, tribunais estaduais, tribunais superiores e Supremo Tribunal Federal), o que é um fato atípico em relação a outros sistemas judiciais. – Qual seria o ideal? A AMB apresentou proposta na reforma do Código do Processo Civil para transformar os quatro graus em dois. Isso seria ótimo, porque daria efetividade ao Judiciário. Só iria para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e para o STF questões de uniformização nacional ou questões constitucionais. (Fonte: AMB/Divulgação: Renata Brandão)

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Petros deve elevar investimento em infraestrutura

O objetivo é melhorar a rentabilidade, que em 2013 foi afetada pela redução da taxa de juros. Dinheiro: o fundo tem R$ 67 bilhões em patrimônio para investimentos, sendo que cerca de 40% está em renda fixa Rio – O diretor de Investimentos da Petros, Newton Carneiro da Cunha, afirmou nesta terça-feira, 15, que pretende no próximo ano reduzir o porcentual de investimentos do fundo de pensão em renda fixa e aumentar em infraestrutura (portos, aeroportos e rodovias) e em participações em empresas, diretamente ou por ações. O objetivo é melhorar a rentabilidade, que em 2013 foi afetada pela redução da taxa de juros. A proposta será levada ao conselho, para começar a valer em 2015. A política de investimentos deste ano já foi determinada em 2013. Atualmente, o fundo tem participação na Invepar, com operação no aeroporto de Guarulhos e na rodovia BR-040. “Tem outras concessões que estamos vendo e se formos procurados podemos entrar.” O fundo tem R$ 67 bilhões em patrimônio para investimentos, sendo que cerca de 40% está em renda fixa. Em 2013, o retorno de investimentos do fundo foi de -0,19%. “O retorno em 2013 foi muito ruim. Temos um grande porcentual em renda fixa e isso fez com que o nosso retorno ficasse bem abaixo do esperado (no ano passado). A mudança da nossa política só consigo fazer para o ano que vem. Vamos discutir esse ano o que vai valer para 2015”, disse no Congresso Abvcap, no Rio. Apesar disso, ele afirma que ainda neste ano já é possível aumentar “um pouco” os investimentos em “private equity”, por ter um espaço de manobra dos investimentos. Ele explica que o fundo tem dois planos de funcionários da Petrobras, sendo um mais antigo e fechado para novas adesões, em que precisa ser mais conservador, e outro, o Plano Petros 2, dos novos funcionários. “(Nesse segundo) é possível fazer investimentos de mais longo prazo com retornos melhores”. Os retornos de private equity, segundo ele, são bem melhores. “Você está apostando em empresas em que, se fizer uma boa escolha, os retornos são bem melhores. A tendência é essa, de baixar a taxa de juros. Não podemos ficar presos a renda fixa.” Em alguns planos, a renda fixa será mantida. “Não dá para, como no passado, ficar apostando só em renda fixa”, disse. Outro mercado que o fundo está avaliando é o externo. “Estamos engatinhando nessa questão. Estou analisando para fazermos investimentos em fundos no exterior. Até pouco tempo os fundos de pensão não podiam fazer esses investimentos, hoje a lei permite com um limite.” Cunha deixou a diretoria Administrativa Financeira e assumiu a de Investimentos em março deste ano. (Fonte: Estadão, autoria: Mariana Sallowicz,15/4/2014)

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INSS alerta para novo golpe do recadastro

Praticamente uma semana após a divulgação da denúncia sobre fraude no consignado, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) faz um alerta sobre mais um golpe na praça. A desculpa seria o recadastramento de dados, que deveria ser feito mediante o pagamento de uma tarifa. O INSS já vinha investigando o caso, quando foi procurado por um pensionista de Santo André, na Grande São Paulo. Ele recebeu uma carta em casa, contendo os seus dados e cobrando uma taxa de R$ 517,15. Por sorte, o segurado desconfiou da medida, procurou uma agência da Previdência e foi informado que quase caiu em um golpe. Mas, correspondências semelhantes a essa também estão sendo enviadas no Rio de Janeiro. O INSS não soube precisar quantas cartas foram postadas, nem quantas reclamações foram registradas. “Os aposentados têm de ficar atentos, porque o INSS não envia cartas com cobranças para ninguém”, diz o diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, Paulo Zanetti. Aliás, essa é uma grande dica para evitar ser vítima de fraude, diz o advogado Cleiton Leal Dias Júnior. “O INSS não cobra taxas para prestar serviços. Essa é uma regra de proteção. Se alguém receber cobrança, esqueça: é golpe”. Como funciona Dessa vez, os impostores enviam para a casa das pessoas um boleto com uma suposta taxa administrativa. E ameaçam o segurado com a suspensão do benefício, em caso de não pagamento da fatura. Tanto a ameaça quanto o documento são falsos. A carta tinha como remetente a Empresa de Processamento de Dados da Previdência (Dataprev), órgão responsável pelo gerenciamento dos dados da entidade. “Os criminosos usam os símbolos oficiais para tentar dar veracidade à medida. E erros de português são comuns nesses casos. É outro indício de golpe, porque o Governo não escreveria errado”, acrescenta Cleiton. O falso documento ainda tinha informações do extrato do pensionista. Nele, havia dados como número do benefício, data de nascimento, nome, CPF e o banco no qual o segurado recebe o benefício. Isso trouxe ainda mais preocupações, pois mostra que os estelionatários tiveram acesso às informações do segurado. “Como eles têm os dados certinhos do segurado? O sistema é falho e alguém está permitindo a saída dessas coisas”, reclama Paulo Zanetti, do Sindicato Nacional dos Aposentados. Apuração O INSS informou que o setor de inteligência da autarquia investiga o caso. Já a Dataprev esclarece que não envia pedidos de atualização de dados, nem cartas ou e-mail para segurados. Mas não responde a respeito das reclamações de vazamento de dados do seu sistema. Clique aqui e veja a fraude (Fonte: A Tribuna, Santos [SP], autoria: Rosana Rife , 16/4/2014)

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Comemoração do Dia das Mães será no Cedis

A celebração do Dia das Mães será marcada com pompa para os associados de Duque de Caxias, Niterói e Rio de Janeiro, no dia 29 de maio, no Cedis, das 12h às 17h. A programação está sendo preparada sob medida para satisfação dos associados e seus beneficiários. Os ingressos já estão à disposição dos interessados nas Representações de Duque de Caxias, Niterói e Rio de Janeiro. Sócio/Beneficiário R$ 50,00; convidados R$ 70,00 e o transporte R$ 20,00.

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Redesenho deixa Revista da AMBEP mais vibrante e moderna

A Revista da AMBEP está de cara nova. A publicação acaba de passar por uma reformulação gráfica e editorial para atrair ainda mais seus leitores. O projeto, desenvolvido pela agência Casa do Cliente Comunicação, privilegia a informação com um design diferenciado, tornando a revista mais vibrante e moderna. O projeto gráfico destaca traços da identidade visual da AMBEP, como, por exemplo, os grafismos inspirados no ícone da logo, que recriam recortes inusitados na diagramação das páginas e na aplicação das imagens. Tais efeitos conferem mais leveza e movimento às páginas. As fotos das reportagens também ganham mais visibilidade, reforçando o conteúdo das matérias. Os textos, a partir de agora, estão distribuídos em duas colunas, com a inclusão de trechos dos depoimentos dos entrevistados em destaque. Essas mudanças deixam as páginas mais arejadas e facilitam a leitura. Para humanizar alguns temas tratados na revista, foi criado um personagem: o ‘Seu Pepê’. O objetivo é que ele ilustre as matérias oferecendo dicas ou mesmo representando o associado. Novas seções Com a reformulação, novas seções foram criadas e outras mudaram de nome. Roteiros de Viagem substitui Viagem S/A, assim como Prestações de Contas entra no lugar de Demonstrações Contábeis. Entre as novidades, estão a retranca Benefício – com reportagens sobre os benefícios da AMBEP, como convênios, cursos, assistência jurídica etc. – e o retorno das seções Espaço Petros e Espaço Petrobras, que contemplam matérias enviadas pela Gerência de Imprensa e Comunicação Institucional da Petrobras e pela Gerência de [vc_button title=”Clique aqui e leia a nova revista” target=”_blank” color=”default” href=”https://ambepnovo.com/revistas/abrilnova.pdf”]

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Graça Foster admite que compra da refinaria de Pasadena foi mau negócio

Em audiência no Senado, a presidente da Petrobras culpou o então diretor internacional, alegando que ele tinha a obrigação de levar todas as cláusulas no negócio ao Conselho de Administração da estatal. A presidente da Petrobras admitiu nesta terça-feira (15) em audiência no Senado que a compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos não foi um bom negócio para a empresa. Durante quase seis horas, Graça Foster respondeu a perguntas de senadores. ,p>Graça Foster nem esperou pelas perguntas dos senadores. Ao explicar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, ela admitiu que não foi um bom negócio e repetiu a mesma explicação dada pela presidente Dilma Rousseff: que a compra só foi aprovada porque o Conselho de Administração da Petrobras não foi informado de cláusulas importantes do contrato. “Hoje, olhando aqueles dados, não foi um bom negócio. Não pode ser um bom negócio. Não há como reconhecer na presente data que você tenha feito um bom negócio. Então não foi um bom negócio. Esse é um ponto. Isso é inquestionável do ponto de visa contábil. Quando você dá baixa no resultado é que nesse momento o projeto transformou-se em um projeto de baixa probabilidade de recuperação do resultado”, afirma a presidente da Petrobras Graça Foster. Graça Foster disse, ainda, que Nestor Cerveró, que na época era diretor internacional da Petrobras, tinha a obrigação de informar todas as cláusulas do negócio. “Essas cláusulas não foram levadas ao conhecimento do Conselho de Administração da Petrobras. Quem tem a obrigação de levá-las é, sim, o diretor da área internacional, Nestor Cerveró”, lembra Graça Foster. Ela disse que a transferência dele para a BR Distribuidora foi uma espécie de punição. “É inquestionável a posição de um diretor da Petrobras e a posição, dentro da estrutura da companhia, de um diretor de uma subsidiária. É, sim, uma diferença de ocupação. É, sim, uma diretoria muito mais restrita. Eu fui presidente da BR Distribuidora, acumulei a direção financeira da BR e ela é muito mais restrita”, diz. A explicação não convenceu a oposição. “A senhora diz: ‘ele foi removido para uma posição modesta’. Modesta é a diretoria financeira da BR Distribuidora? Deveriam ser demitido os dois, assim que foi percebida a deslealdada na condução do processo, mas permaneceram. E permaneceram, presidente, certamente porque tem costas quentes, tem padrinhos políticos fortes, não há outra explicação possível”, defende o senador Aloysio Nunes Ferreira, líder do PSDB. O outro diretor a que se refere o senador é Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava-Jato. Graça Foster não respondeu. A presidente confirmou ainda que Pasadena custou US$ 1,250 bilhão e reconheceu uma perda de US$ 530 milhões com o negócio. Mas afirmou que a empresa belga Astra, que vendeu a refinaria para a estatal, não comprou Pasadena por US$ 42 milhões. “No mínimo, a Astra pagou à Croun, em torno, estimado, porque estamos nessa fase de fechamento de avaliação de todos esses balanços, US$ 360 milhões”, afirma Graça Foster. Graça Foster apresentou números, relatórios e poucas vezes alterou a voz. Uma delas foi ao responder às declarações do senador Pedro Taques, que comparou a gestão da Petrobras a de um pequeno negócio, como uma quitanda. “Nós não estamos tratando de uma quitanda. Nós estamos tratando da maior empresa do Brasil, que a senhora dirige com muita competência, quero reconhecer isso. Como uma empresa desse porte comete erros desta ordem?”, questiona o senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso. “A Petrobras não é uma quitanda. Ela não é uma quitanda. Ela é uma empresa de petróleo absolutamente séria e distinta de muitas empresas de petróleo no mundo, pelo desafio que ela supera todos os dias”, responde a diretora Graça Foster. (Fonte: Globo.com, 16./4/2014)

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Vida Saudável

Vacina contra herpes zóster chega ao país neste mês

Nesta semana, chega ao país a primeira vacina contra o herpes zóster, doença causada pela reativação do vírus da catapora devido à queda da imunidade e que atinge principalmente idosos. O herpes zóster, também conhecido como cobreiro, não causa a morte e é pouco frequente —quatro casos em cada mil pessoas. Mas quem tem a doença passa por um sofrimento que não é desprezível. Quando surge, o herpes zóster causa bolhas em algumas áreas do corpo (geralmente no rosto, no pescoço e nas costas) e dores fortes. Na maior parte dos casos, as lesões e as dores vão embora. O problema, porém, são as complicações que podem surgir após a doença. A mais comum é a neuralgia pós-herpética. A dor, causada pela inflamação de um nervo, torna-se crônica e compromete bastante a qualidade de vida dos idosos. O herpes zóster pode ainda causar complicações nos olhos, infecções bacterianas graves nas lesões e doenças como hepatite, pneumonite e meningoencefalite. “Diante do sofrimento de quem desenvolve o herpes zóster, a imunização é bem-vinda. Vacinas não são exclusivas para crianças, o idoso também tem as suas”, diz Renato Kfouri, presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações). Como a doença é mais comum na terceira idade, deve se tornar mais frequente no Brasil no futuro com o envelhecimento da população, de acordo com Rosana Richtmann, infectologista do instituto Emílio Ribas. Para quem A vacina, aplicada em dose única, está disponível há cerca de dez anos nos EUA e é oferecida em outros países como Canadá, Reino Unido e Austrália. Mais recentemente, chegou ao México, à Argentina e à Colômbia. Segundo o CDC (Centro de Controle de Doenças) dos EUA, a vacina é considerada segura e não há relatos de efeitos graves. Em 30% dos casos, pode ocorrer dor temporária no local da aplicação e, mais raramente, dor de cabeça, febre e mal-estar. Trata-se da mesma vacina contra a catapora, com vírus vivo atenuado, mas com uma quantidade maior de antígenos, já que a resposta imune de idosos costuma ser menor. No Brasil, estará disponível em clínicas privadas e custará no máximo R$ 600. Na maioria desses países, a vacina é indicada para pessoas acima de 60 anos. No Brasil, ela foi aprovada a partir dos 50 anos. Rosana Richtmann afirma que a resposta imune é maior entre os 50 e os 59 anos. “Quanto mais as pessoas aguardarem, menor será a proteção”, afirma. (Fonte: Folha de S.Paulo, autoria: Mariana Versolato, 13/4/2014)

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PETROS responde à AMBEP após 83 dias

A PETROS enviou carta Pres-030/2014 datada de 31/01/2014 em reposta à carta AMBEP-023/2013 entregue em 08/11/2013, com respostas aos nossos quesitos feitos na reunião das Diretorias das duas entidades. Como podemos ver, as resposta não foram satisfatórias, como por exemplo o caso Lupatech e Aeroporto de Guarulhos. Clique aqui e leia a carta na íntegra

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